quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Se a gente morrer vai ser na praia

Então estava eu no centro da praia em uma sexta-feira de noite. Meu celular tocou e era aquele mesmo número desconhecido. Talvez não tão desconhecido, mas se assim fosse, não faria sentido ele tocar sem parar. Eu liguei de volta. Desliguei. Ligaram. Desligaram. E assim foi...Até que eu atendi e a única voz possível que poderia estar me ligando perguntou onde eu estava. Fiquei nervosa, não quis esperar. E fui pra casa. Fiquei um tempo olhando pro teto escuro antes de dormir, me revirei nos lençóis e depois de muito pensar e de muita coragem tomar, mandei uma mensagem. O arrependimento veio enquanto eu ainda apertava o botão de enviar, mas pela falta de sinal da praia, ela não foi entregue. E aí fiquei chateada por não ter enviado. Mas logo parei de pensar no assunto. E na noite seguinte lá estava eu de novo indo pro centro, dessa vez sabendo quem eu ia encontrar. E eu só fiquei ali junto com ela, querendo mais do que isso. Ela me convidou pra ir até a beira da praia, ver a lua. A praia estava deserta e eu me recostei nela, ficamos ouvindo o mar e vendo a lua. Eu sempre lançando olhares quase que de súplica. E voltei pra casa, voltei pra encarar o teto. Ah, por que eu não fiz nada?

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